Campeonato Nacional de Juniores, 2ª Divisão, Série D
Internacional C.A. 2:2 Despertar
Já sabíamos que seria um jogo difícil, porque tínhamos ficado com a sensação de se tratar de uma boa equipa, mas que pelas contingências de um campeonato muito competitivo, não tem permitido que esta equipa reflicta na classificação o seu real valor.
Entrámos no jogo com uma atitude positiva, com boa postura, mas foi sol de pouca dura. A partir dos 10 minutos, começamos a evidenciar alguma ansiedade que foi crescendo à medida que o tempo passava, denotámos que a equipa começou a jogar de forma precipitada nas transições e demasiado previsível a meio campo, com muitos passes mal executados o que originou constantes perdas de bola.
A posse de bola era feita sem grande objectividade e sem profundidade, correndo riscos em zonas do campo onde a experiência não o aconselha.
Após a recuperação da posse de bola e quando a equipa já se preparava para a transição ofensiva, numa acção negligente perdemos a bola que resultaria num contra-ataque do adversário e o respectivo golo do Despertar.
Por paradoxal que parece, foi a partir da desvantagem que tranquilizámos um pouco e passamos a jogar de forma mais esclarecida.
A primeira parte não teve muitas oportunidades de golo, mas teve uma que nos permitiu chegar à igualdade, através do Manuel num lance de grande qualidade técnica.
A segunda parte foi diferente em praticamente tudo.
Não demos espaço ao adversário, jogámos de forma mais segura, mais convincente,e claramente mais próximo do nosso real valor.
Podemos dizer que foi o jogo em que mais nos podemos queixar da sorte, tais foram as oportunidades perdidas e o número de bolas nos ferros da baliza do adversário.
E seria mesmo um desses lances que o Despertar chegaria ao 1:2. Delineamos uma excelente jogada de ataque concluída pelo Matthew, que após driblar 4 adversários, rematou ao poste e no seguimento da jogada, a bola sobra para um jogador do Beja, que lança um contra-ataque o jogador chuta cruzado, a bola bate no poste e entra. Eis o reflexo do jogo.
Reagimos muito bem, corremos os riscos tácticos que podíamos correr ao retirar um central, ao retirar um médio defensivo e passamos a jogar só com 3 defesas, 1 médio de cobertura, 2 alas bem abertos, 2 avançados e o Matthew e o Kiko na organização.
Chegámos merecidamente ao empate, mas só aos 85 minutos. Antes disso já tínhamos enviado mais duas bola à trave, e perdido mais 2 ou 3 chances claras de golo.
Após a obtenção do golo do empate, continuamos a forçar em busca do golo da vitória, mas este acabou por não aparecer, pese embora uma excelente oportunidade de golo ao cair do pano, onde o Matthew tabela com o Manuel, remata o guarda redes defende e na recarga o Jamil chutou para golo, mas um jogador em cima da linha de golo evitou o mesmo jogando a bola para canto.
Estou satisfeito, mas sobretudo orgulhoso por continuar a assistir a jogos duma equipa que nunca se dá por vencida, mesmo quando a exibição não enche o olho, a atitude e o carácter que colocam na forma como competem, enchem o coração.
Bruno Saraiva
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