A 4.ª jornada do Campeonato não foi positiva para nós, nem foi uma boa propaganda para o futebol.
Nós porque não conseguimos melhor, e o nosso adversário porque não quis melhor.
Entrámos no jogo a perder com um erro infeliz que permitiu que o avançado do Portimonense surgisse isolado, e aos 3 minutos marcasse aquele que seria o único golo da partida.
Durante os primeiros 45 minutos o jogo foi muito incaracteristico e mal jogado. Após o golo o Portimonense remeteu-se à defesa com os 4 elementos do sector defensivo mais 2 médios que não mais passaram o meio campo, limitou-se a esticar o jogo com bolas longas, mas na maior parte das vezes sem grande consistência.
Mas aqui a responsabilidade é nossa, porque não fomos capazes de controlar o jogo da forma que pretendiamos.
Um dos factores que limitou o nosso desempenho na primeira parte foi o facto de o nosso jogo assentar numa pressão alta e intensa, que não resultou pura e simplesmente porque o adversário não saiu uma única vez a jogar a partir de trás, utilizando o jogo muito característico dos tradicionais campos britânicos, o que retirou eficácia à pressão dos nossos médios, que durante 20 minutos se limitaram a ver as bolas passarem por cima das suas cabeças. Mas, nós estávamaos prevenidos, só não pensávamos que esta forma de jogar fosse uma constante, e por isso levámos algum tempo a proceder aos respectivos ajustes.
A partir dos 20 minutos estabilizámos um pouco e passámos a controlar o jogo, mas de forma pouco agressiva sobretudo porque não criámos reais situações de finalização.
A segunda parte teve sentido único e já nos apresentámos num nível aceitavel, sem contudo atingir um patamar que podemos e devemos alcançar.
Penetrámos pela direita, penetrámos pela esquerda, cruzámos, rematámos, tivemos várias situações de bola parada, e neste conjunto de ataques tivemos meia dúzia de situações em que poderíamos ter empatado o jogo.
Na segunda parte tivémos 8 cantos contra 2 do adversário, beneficiámops de 17 faltas contra 9, rematámos 12 vezes contra 2, infelizmente não fomos capazes de traduzir a estatistica em eficácia, mas deixa-nos reconfortados verificar que pelo menos a resposta foi no sentido positivo.
Pediram-me para deixar uma nota em relação a situações adversas que temos assistido, mas enquanto a nossa resposta em campo não me der essa autoridade, não pretendo atribuir aos outros as responsabilidades que saõ minhas e da equipa.
Teremos algumas razões de queixa? Porventura teremos. E nós? Temos feito tudo o que está ao nosso alcançe? A resposta é não, por isso vamos resolver aquilo que depende de nós porque o resto, depois não nos afecta.
Durante a pré-época recebemos e vencemos o Portimonense por 1-0, e registámos o perfil desta equipa e depois de termos recebido relatórios de jogos oficiais da equipa de Juniores do Portimonense, confirmámos ontem que se trata realmente de uma equipa realmente muito estranha, sobretudo para quem tem a sua equipa Sénior na II Liga Profissional de Futebol. Digo estranha no sentido de que não se apresenta em conformidade com os seus pergaminhos, porque não procura jogar o jogo pelo jogo, não apresenta um futebol positivo e no jogo de ontem contou com a complacência do sr. árbitro que permitiu que o Portimonense usasse o anti-jogo berrante, imagine-se, desde o minuto 3, altura em que conseguiu o único golo da partida.
Não pretendo com isto interferir nem condicionar a forma de jogar dos nossos adversários, tão somente, quero deixar a mensagem de que não gostei da forma de estar do adversário.
Vou repensar o meu romantismo futebolístico, porque transmito aos meus atletas a necessidade de procurarem jogar um futebol atractivo e positivo, no sentido de procurar jogar sempre para ganhar e procurar sempre mais um golo.
Se jogarmos bem, podemos não ganhar sempre, mas estaremos mais perto de vencer, e concerteza venceremos mais vezes, no entanto nós temos um ponto e os nossos adversários encontram-se bem confortáveis na classificação.
Nao abdicamos dos pricipios e fundamentos do nosso jogo, mas eventualmente alguns conceitos terão que ser revistos.
Bruno saraiva
0 comentários:
Postar um comentário